A DEFESA DA
PÁTRIA COMO NECESSIDADE HUMANA: A EDUCAÇÃO CÍVICO-PATRIÓTICA COMO
INSTRUMENTO
DE DEFESA
Os homens, em suas teorias
desfilando nos seus manuais, clarificam que o Homem, como um animal racional,
moral e social é capaz de linguagem articulada, garantindo desta forma a
eloquência do seu processo evolutivo, aquando da aquisição da consciência e capacidade
de distinguir o bem do mal, o certo do errado.
Avaliado largamente através
dos séculos, Pitágoras procura provar que o “Homem é a medida de todas as
coisas”, enquanto Sócrates elucida ser o “Homem o objecto mais directo da
preocupação filosófica”.
Durante o estoicismo e o
neoplatonismo, houve uma preocupação para que ocorresse a dissolução do Homem
em a natureza, o que, até hoje, se mostrou impossível. Na concepção cristã, o
conceito de homem transcende as barreiras mundanas, numa dimensão totalmente
diferente.
Jesus superou todos os limites do conhecimento, fazendo-se bandeira do
Homem que o Homem sempre desejou ser, por ter desenvolvido todas as aptidões
herdadas de Deus, na condição de ser o mais perfeito de que se tem notícia,
tornando-se assim, o exemplo a ser seguido por quem deseja ‘libertação real’.
Já o racionalismo considera o Homem, desde Descartes, como o ser pensante por
excelência, como que compreende e explica o mundo e a si mesmo.
Nos momentos em que vivemos, contemporâneos, Francois Lyotard, nas suas
maiores discussões, defende que os propósitos afirmados para que a modernidade
pudesse acontecer, estão na sua maior parte falidos pelo crescente egoísmo,
criação de blocos de aliados e, principalmente, na venda do saber; assim, o
Homem passou a ser caracterizado como uma das realidades mais egocêntricas.
A multiplicidade de tendências, ora vigentes, comprova o interesse dos
estudiosos em buscar a emancipação da humanidade em relação aos desafios e
dificuldades que a afligem, tanto a nível das necessidades económicas e
financeiras, bem como da defesa dos interesses patrióticos, como a preservação
dos valores culturais das nações, da unidade nacional, da autoestima e da
lealdade.
Enquanto o mundo e os seus cientistas providenciam-nos a evolução
técnico-científica, os pensadores das áreas sociais procuram em simultâneo,
adequar essa evolução, as suas áreas específicas de conhecimento, por meio das
suas inúmeras correntes, escolas e concepções individuais, a Filosofia tem
estado a procurar e a oferecer ao Homem caminhos que o felicitem em contínuas
tentativas de interpretar a vida e entendê-la.
Todas as tentativas e esforços, até hoje empreendidos pelo Homem, para
poder conhecer-se e ter domínio sobre si mesmo, têm em vista o alcance do seu
mais elevado grau de perfeição, mas por perceber que também, nalgumas vezes o
próprio Homem tem constituído perigo ou ameaça para si mesmo pela sua fraqueza
e género egoísta, viu-se obrigado a fazer surgir realidades que lhe garanta
levar avante os seus objectivos enquanto nação autónoma, com o fim de permitir
o alcance e a preservação plena da paz que ele mesmo, por vezes, tem colocado
em causa, tudo pelo pessimismo e maldade que têm constituído o fulcro dos
insucessos que ele mesmo tenta ultrapassar.
Percebemos que, desde a idade da pedra aos nossos dias, inúmeros artefactos
de defesa, que também são de destruição, atravessaram várias fases de
desenvolvimento graças a razão humana que incessantemente, procura alcançar o
infinito das suas entranhas, apesar de também ser uma realidade que, quanto
mais desenvolvidos forem os meios de defesa, mais assustadores são para a
iminência do próprio Homem que se procura emancipar para um convívio colectivo
e harmonioso.
Posto isto, talvez melhor, nos fosse conveniente questionar se vale a pena
persistir-se nesses moldes de vida, e qual seria a moral da vida? É aí onde a
Educação Cívica e Patriótica dos homens que denunciam as suas vidas em função
da maioria/povo, deve sentir-se obrigada a intervir de forma activa não só em
seu meio, bem como na do próprio povo.
Em todo o mundo, a tarefa cívico-patriótica das tropas tem entre inúmeras
missões, a tarefa de oferecer ferramentas capazes de garantir a modernização
moral e ética das mentes, deixando claro que o fim último de todo o processo, é
a não permissão da insegurança territorial. Assim, em momentos assustadores, a
Educação Cívica e Patriótica das tropas pode ser definida como uma área de
conhecimento que, usando métodos da razão e da linguagem, tem como fim último,
o alcance e a preservação total da paz, por meio da paz, evitando que das
acções decorrentes em momentos tais, possam recair à maioria.
Embora reconheça como singela a minha contribuição espero, de alguma forma,
ter auxiliado aqueles que leêm a este artigo, com real desejo de renovação e
aquisição de saúde psicológica, consciente de ter feito o máximo neste momento
crítico em que o País e mundo atravessa!